As intervençons policiais contra o contorno anarquista que, desde 2013, percorrem o estado espanhol reventando portas, incursionando e inspeccionando vivendas a altas horas, invadindo centros sociais e ateneus, praticando detençons e encarceramentos e provocando alerta mediática tingida de escándalo, com a escusa de luitar contra um suposto terrorismo anarquista, acabarom revelando-se como uma montagem sem alicerces.

 

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Operaçom Coluna”  – Novembro de 2013

A polícia detem duas persoas de nacionalidade chilena, Mónica e Francisco, junto con outras 3 que som postas em liberdade sem cargos. Mónica e Francisco ingressam em prisom por decisom do juiz Velasco da AN, que lhes impurta um delito de destroços num banco de madeira no templo de El “Pilar” de Zaragoza e outro de pertença a organizaçom terrorista. Permanecem em prisom preventiva 3 anos e 3 meses (o máximo normal é de 2 anos) até o dia do julgamento. A fiscalia solicita 44 anos de cárcere para cada umha.  A magistrada Ángela Murillo desestima a tese da Organizaçom Terrorista, mas, mesmo assim, as penas som de 12 anos de prisom pra Mónica e outros 12 para Francisco. Recorreram a sentença junto do Tribunal Supremo e este rebaixa as condenas a 4 anos e 6 meses, se bem o ano e 3 meses que lhes restavam por cumprir foram comutados pola expulsom do território espanhol e a sua entrega a Chile em situaçom de liberdade.

“Pandora 1”  – Dezembro de 2014

Os Mossos d’Esquadra detenhem 11 persoas, por mandato do juiz Gómez Bermúdez, despois de entrar a saco de madrugada em diversos centros sociais anarquistas de Catalunya, assim como em domicílios particulares. As 11 son acusadas de formarem parte dum suposto grupo terrorista com organigrama vertical e de nome GAC, Grupos Anarquistas Coordinados. Case 3 anos depois a juíza Carmen Lamela arquiva a causa por a polícia e a fiscalia nom terem achegado provas válidas: “pese al tiempo transcurrido no se han averiguado hechos nuevos que puedan ser estimados como indicios suficientes que sustente la sospecha policial de que tales personas pudieran estar realizando determinadas actividades en el seno de movimientos anarquistas o grupos terroristas“ . Sete das persoas detidas passarom um mês no cárcere e tiveram que pagar uns 3000 € de fiança para poderem sair, além disso todas elas sofrerom medidas cautelares e seguimentos durante mais de 2 anos.

Operaçom “Pinhata – março de 2015

Até 37 persoas som detidas em diferentes lugares do estado. 13 delas som postas de imediato em liberdade com cargos de resistência e desobediência e nom computarám no cadro da Operaçom Pinhata. Outras 11 som acusadas de usurpaçom. As 13 restantes som imputadas por pertença a “organizaçom criminal com fins terroristas”. Em julho de 2018 sai do cárcere, con cargos, a última das 13 persoas encausadas. Todas elas som finalmente absolvidas, mais umha vez mais por falta de provas.

– Operaçom“Pandora 2”  – Novembro de 2015

500 agentes dos Mossos irrompem em diversas vivendas e locais da Catalunya por ordem da Audiência Nacional espanhola como continuaçom da anterior operaçom. Som detidas 9 pessoas pola sua suposta relaçom com os supostos GAC. Pouco despois ficam todas em liberdade, afora uma delas que permanece em prisom preventiva durante várias semanas.  A causa -mais uma vez- é arquivada, também desta volta pola juiza Lamela, que nom vê nenhum elemento provatório em relaçom com feitos ilícitos nem pertença a nenhuma“organizaçom terrorista”.

 

COMUNICADO DE COLZE A COLZE

 

No passado 31 de janeiro acordarom-nos as chamadas dos nossos advogados para nos notificarem o arquivo provisório da “Operaçom Pinhata”, causa pola que 15 pessoas de Madrid, Barcelona e Palencia estávamos em liberdade provisória à espera de juízo desde havia case 3 anos (uns meses antes, as companheiras represaliadas na “Operaçom Pandora” receberam a mesminha notícia).
Desde novembro de 2013 foram várias as operaçons abertas contra o contorno anarquista e antiautoritário, com mais de 50 pessoas encausadas sob acusaçom de pertenença a organizaçom criminal com finalidades terroristas, sendo essa suposta organizaçom a coordenadora GAC (Grupos Anarquistas Coordenados). Cinco anos de ingressos nas prisons, assédio policial, revistas domiciliares, violaçom de nossos espaços persoais e políticos, visitas a centros penitenciários, á cidade da justiça, á Audiência Nacional… cinco anos de vidas judicializadas. Após recebermos a notícia do arquivo, nom pudemos evitar ficar um pouco estupefatas, para nós é um alívio mas nom uma vitória, dado que sempre ficará o ressaibo amargo do preço que cobrou a repressom sobre as nossas vidas.
Despois deste período, resulta cada vez mais evidente a finalidade desta caste de operativos antiterroristas por parte dos corpos policiais, porquanto estes conseguem os seus verdadeiros objetivos sem necessidade de juízo nem condenaçom, já que provocam a nossa desativaçom; enchendo de estresse, enfastios e medos os nossos espaços, luitas e o nosso dia a dia.
Nom queremos invisibilizar a parte negativa destes processos, como tampouco podemos esquecer a alegria que supom ver como se tecem redes de resistência e receber o calor das amostras de solidariedade que se derom ao largo do globo.
Para nós foi moi importante construirmos junto com as nossas companheiras uma resposta ativa ante uma situaçom que pretendia anular a nossa capacidade de açom, a nossa capacidade de criar ferramentas de resistência aos processos do capital, assinalando os responsáveis da nossa miséria e mostrando que podemos ser parte ativa destes processos rebelando-nos contra a imposiçom das suas medidas cautelares que pretendem asfixiar-nos.
«Colze a colze» nasce da necessidade de sinalar os mecanismos, as consequências e finalidades destas operaçons, assim como de dar uma resposta coletiva a estas realidades, além da identidade das encausadas, dado que entendemos que estes golpes transcendem as consequências persoais de cada quem.
Pretendiamos fugir de uma campanha ou grupo solidário ao uso, planejando o nosso trabalho arredor dos eixos que consideramos relevantes a sinalar e aprofundar: a judicializaçom das nossas vidas, a criaçom e a necessidade do inimigo interno, o rol em todo isto dos meios de comunicaçom de massas assim como o papel dos corpos policiais e a necessidade de defendermos nosas formas de organizaçom e luita.
Cremos importante continuar com a campanha apesar do arquivo, já que consideramos que aprofundar nestes eixos, assim como recolher a experiência e o trabalho feito a causa desta vaga repressiva, parece-nos uma responsabilidade pessoal e coletiva.
Sem obviarmos transferir a nossa aprendizagem ás futuras geraçons de cara a outros golpes repressivos procurando gerir formas mais sás de, pau a pau, afrontarmos a repressom futura.
E a partir de agora que?