Haaretz                  Foto : Hareetz

 

Representantes da União Europeia na Cisjordânia e em Gaza divulgaram, na sexta-feira, uma declaração em que expressaram “profunda preocupação” com as prisões de menores palestinos.

Eles destacaram, em particular, três fatos recentes e de grande repercussão: as prisões de Ahed Tamimi e Fawzi Muhammad al-Juneidi (adolescente palestino de dezesseis anos cuja prisão foi filmada, mostrando-o sendo cercado por soldados em Hebron) e o tiroteio que resultou na morte de Musaab al-Tamimi, de dezessete anos de idade, parente de Ahed.

O caso de Ahed Tamimi, ativista palestina de dezesseis anos detida desde dezembro, chamou atenção e gerou críticas. Sua prisão aconteceu depois que deu uma bofetada em um soldado israelense. Desde então, Ahed foi alvo de cinco denúncias feitas pelo promotor militar do exército israelense, que a acusa de agredir e atirar pedras nas forças de segurança. Sua mãe, Nariman Tamimi, foi acusada de incitamento nas redes sociais e por agressão.

Os representantes da União Europeia e os chefes da missão em Jerusalém e em Ramallah estimam que cerca de 300 menores palestinos encontrem-se atualmente detidos por Israel.

No texto, os representantes lembraram a importância de defender os direitos das crianças, especialmente durante uma prisão, e convidaram as autoridades israelenses a “responder aos protestos de forma proporcional e a abrir investigações após mortes, particularmente quando houver menores envolvidos”.
“A União Europeia e as missões da UE em Jerusalém e Ramallah continuam a promover e proteger os direitos da criança”, conclui a declaração. “E pedimos a Israel que aja apropriadamente, como poder ocupante e portador de deveres”.

Noa Landau, Haaretz

Tradução de Clarisse Meireles

Fonte: Carta Maior