Em sua denúncia, Schrems solicitava às autoridades irlandesas que suspendessem a transferência de seus dados pessoais aos Estados Unidos por parte do Facebook, empresa que tem sede na Irlanda para suas atividades europeias.

Apesar da queixa estar diretamente relacionada ao Facebook, implica milhares de outras empresas, uma vez que os dados em questão englobam todas as informações que permitem identificar um indivíduo de maneira direta (nome, sobrenome, foto ou impressão digital) ou indireta (número de previdência social ou número de cliente, por exemplo).

O austríaco considerava que as revelações de espionagem feitas por Edward Snowden evidenciaram que os Estados Unidos não protegiam seus dados. "A mensagem é clara. A vigilância em massa não é possível, vai contra os direitos fundamentais na Europa", lembrou ontem Schrems.  

A justiça irlandesa solicitou então a opinião do tribunal europeu sobre sua competência para investigar o tema, já que a transferência de dados acontece sob o acordo ‘Safe harbour’ (Porto seguro), vigente desde 2000 entre Bruxelas e Washington.

Mais informação aqui.