“Durante a briga, o niqab caiu, mas quando chegamos no local, ela tinha recolocado a peça”, afirmou o polícia David Borchersen à agência de notícias Ritzau.
A mulher foi multada em cerca de 150 euros e informada de que teria de remover o véu ou deixar o espaço público. “Ela escolheu a segunda opção”, acrescentou Borchersen.
A proibição do uso do véu integral islâmico na Dinamarca entrou em vigor na quarta-feira, dois meses após a aprovação da lei no parlamento. Quem utilizar peças de roupa ou acessórios – como balaclavas, capacetes ou barbas falsas – que impossibilitem o reconhecimento de uma pessoa, fica sujeito a uma multa mínima de mil coroas dinamarquesas, cerca de 150 euros.
A aprovação desta lei mereceu fortes críticas por parte da Amnistia Internacional: “Todas as mulheres devem ter a liberdade de se vestir como desejarem e de usar roupas que exprimam a sua identidade ou crenças. Esta proibição terá um impacto particularmente negativo nas mulheres muçulmanas que escolham usar o niqab ou a burqa”, afirmou Gauri van Gulik, diretor da Amnistia Internacional Europa.
“Embora algumas restrições ao uso de véus que cubram a cara na totalidade possam ser legítimas por motivos de segurança, esta proibição generalizada não é necessária, é desproporcional e viola o direito à liberdade de expressão e religião”, avançou.
Fonte: esquerda.net