Ação aconteceu na mesquita de Al-Aqsa; tensão cresce na região em meio a protestos contra despejos de palestinos e do Dia de Jerusalém, que marca tomada de Israel da área oriental da cidade durante Guerra dos Seis Dias.

 

 

 

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Os manifestantes atiraram pedras nos policiais, que usaram balas de borracha, granadas de atordoamento e gás lacrimogêneo para dispersá-los. O Crescente Vermelho Palestino informou que pelo menos 305 pessoas ficaram feridas durante os confrontos, 228 das quais foram levadas a hospitais.

Além disso, nove policiais israelenses ficaram feridos em confrontos na cidade velha de Jerusalém. As forças israelenses retiraram-se da mesquita de Al Aqsa após quatro horas.

Por sua vez, a polícia proibiu os israelenses de visitarem a Esplanada das Mesquitas na segunda-feira, local considerado sagrado por muçulmanos e judeus, no âmbito do Dia de Jerusalém, que marca a tomada da parte oriental da cidade por Israel durante a Guerra dos Seis Dias.

A decisão da polícia de banir temporariamente os visitantes judeus do local sagrado veio horas antes do início da marcha do Dia de Jerusalém, amplamente considerada pelos palestinos como uma ação provocativa. As autoridades israelenses permitiram que o desfile acontecesse, apesar da crescente preocupação de que isso pudesse agravar ainda mais as tensões.

Este ano, a marcha coincide com o mês sagrado muçulmano do Ramadã e ocorre após semanas de confrontos entre a polícia israelense e os palestinos em Jerusalém.

O Conselho de Segurança da ONU programou consultas privadas para segunda-feira sobre o aumento das tensões em Israel. Diplomatas detalham que a reunião foi solicitada pela Tunísia, representante árabe no conselho.

Em 7 de maio, pelo menos 205 civis ficaram feridos quando a polícia israelense disparou balas de borracha e granadas de choque contra jovens palestinos que atiravam pedras nas proximidades da mesquita de Al Aqsa em Jerusalém, segundo o Crescente Vermelho Palestino.

O confronto ocorreu enquanto os protestos continuavam no bairro vizinho de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental – onde residem principalmente palestinos e que abriga um lugar venerado por judeus religiosos – contra o despejo de famílias árabe-israelenses que deveriam deixar suas casas em terrenos reclamados por organizações de colonos judeus.

REDAÇÃO – Opera Mundi