Desde junho de 2020, estão proibidas operações policiais em favelas do Rio exceto em casos excepcionais. Isso não impediu a Polícia Civil de aterrorizar os moradores da favela do Jacarezinho em um massacre que terminou com 25 mortos.

 

A ONU solicita uma investigação independente depois que pelo menos 25 pessoas foram mortas em operação na favela do Jacarezinho. “Estamos profundamente perturbados com as mortes”, disse o porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Rupert Colville acrescentando que a operação parecia ser a mais mortal em mais de uma década no Rio de Janeiro. Disse ainda que Colville disse que “a polícia não tomou medidas para preservar as evidências da cena do crime, o que poderia dificultar as investigações sobre o trágico resultado desta operação letal”. Um ministro do STF ordenou uma investigação sobre uma possível “execução arbitrária” de suspeitos de tráfico de drogas.

 

(Reprodução/Twitter)

 

 

Moradores do Jacarezinho protestam contra chacina: “Parem de nos matar!”. 

Ativistas e familiares das vítimas da chacina concentraram-se em frente à esquadra da polícia para deixar dois apelos: “Justiça para Jacarezinho”; e “Parem de nos matar”. Os assassinatos acontecem rotineiramente na favela. Marielle foi o ápice da expressão da violência. Os moradores queixam-se que a favela do Jacarezinho, onde o governo só entra em períodos eleitorais ou para promover operações como esta, tem sido abandonada à sua sorte. No próprio dia do protesto, representantes das favelas do Rio de Janeiro reuniram-se para elaborar propostas que reivindicam políticas públicas de educação e desenvolvimento destinadas aos jovens que vivem em áreas dominadas por fações criminosas.

Carta Maior

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