Mural de Bansky, em Bethlehem. Foto de Pawel Ryszawa/ Wikimedia Commons.
                               Mural de Bansky, em Bethlehem. Foto de Pawel Ryszawa/ Wikimedia Commons.

 

As críticas dos estudantes são contundentes: “O exército está a implementar a política racista do governo, que viola direitos humanos básicos e põe em prática uma lei para os israelitas e outra lei para os palestinianos, no mesmo território”, cita o diário Haaretz.

Os estudantes também protestam contra “a incitação institucional intencional contra os palestinianos nos dois lados da linha verde”, referindo-se à linha do armistício de 1949 que separava Israel da Cisjordânia. “E nós – rapazes e raparigas na idade de sermos incorporados, de diferentes regiões do país e de diferentes origens socioeconómicas – recusamo-nos a acreditar no sistema de incitamento e a participar no braço da ocupação e da opressão do governo”, escrevem ainda.

A carta apela a outros para reconsiderarem a sua incorporação, acrescentando que pretendem viajar pelo país para recrutar jovens para a sua iniciativa. “Recusamos ser incorporados e servir no exército para além da obrigação de servir valores de paz, justiça e igualdade, conscientes de que existe uma outra realidade que poderíamos criar juntos”, defendem ainda.

Os signatários incluem Matan Helman, de 20 anos, do kibbutz Haogen, que está a cumprir pena de prisão por se ter recusado a integrar o exército. Segundo o mesmo jornal, no início de dezembro, o ministério da Educação e o IDF [Forças Armadas israelitas] anunciaram que estavam a elaborar um plano para aumentar o número de recrutas em missões de combate. Atualmente, as taxas de alistamento estão a baixar e as taxas de abandono foram de mais de sete mil soldados homens e mulheres, por ano.

Fonte: esquerda net.