Protesto durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27) em Sharm el-Sheikh, no Egito, 12 de novembro de 2022 [Mohamed Abdel Hamid/Agência Anadolu]
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O comitê declarou em nota que os “procedimentos para soltura de 30 indivíduos sob detenção preventiva foram concluídos”; não obstante, não concedeu detalhes sobre os prisioneiros ou as acusações contra eles.

 

 

 

A anistia coincide com a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP27), em curso na cidade de Sharm el-Sheikh, na região do Mar Vermelho, com a presença de líderes de todo o planeta e sob pressão contumaz na arena internacional.

O comitê reiterou “a continuidade dos trabalhos para libertar os prisioneiros”, em coordenação com agências do estado, sobretudo a Procuradoria Pública e o Ministério do Interior.

O comitê foi estabelecido em abril sob diretrizes do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi, ao promover o primeiro esforço de “diálogo nacional” desde 2014, quando chegou ao poder, após um golpe de estado executado no ano anterior contra o presidente eleito, Mohamed Morsi.

Tariq al-Awadi, membro do comitê, reportou recentemente chances de soltura de 1.040 presos sem julgamento e outros 15 indivíduos condenados. Entretanto, ongs estimam que apenas 508 ativistas e prisioneiros políticos serão libertados.

O Egito tem dezenas de milhares de pessoas em tais condições; muitas delas, desaparecidas.

Alguns dos detidos sob promessa de anistia são os ativistas Ziyad Al-Alimi e Hussam Moanis; os opositores Yahya Hussein, Muhammad Mohiuddin e Majdi Qarqar; o jornalista Hisham Fouad; e o artista Tariq al-Nahri.

MEMO