Após ter assinado cessar-fogo mediado pelo Egito, Forças Armadas israelenses continuaram uma ofensiva em Nablus e em Heron; cerca de 40 pessoas ficaram feridas.
Wikicommons Media – Rádio Militar de Israel confirmou que houve uma morte durante as manifestações, sem informar a identidade
Apesar de Israel ter assinado um cessar-fogo de sua ofensiva deflagrada na Faixa de Gaza na última semana, as Forças Armadas israelenses em Nablus e em Heron, na Cisjordânia, deixaram quatro palestinos mortos, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (09/08). Cerca de 40 pessoas também ficaram feridas.
Tanto Israel como os líderes palestinos confirmaram que uma das vítimas era Ibrahim al-Nabulsi, um dos comandantes locais das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, uma formação militar ligada ao grupo Al-Fatah.
Outro morto foi Islam Sabbouh, membro da ala militar da Jihad Islâmica em Jenin. A terceira vítima foi um adolescente de 16 anos, identificado como Hussein Jamal Taha, que não teve nenhuma conexão com grupos palestinos confirmada.
Já a agência palestina Wafa informou que a quarta vítima, que estava em Heron, é Muamen Jaber Yassin, um jovem de 17 anos. Ele estava nas ruas da cidade para protestar contra a operação israelense em Nablus. Yassin teria sido morto por um tiro disparado por militares israelenses.
A Rádio Militar de Israel confirmou que houve uma morte durante as manifestações, sem informar a identidade.
“Um crime odioso. Esse crime é o novo episódio na guerra iniciada contra o nosso povo, contra a nossa causa nacional e contra os nossos direitos. Afirmamos que Israel é plenamente responsável por esse novo crime, que pode ter consequências desastrosas”, informou em nota o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Cessar-fogo
Entrou em vigor, no último domingo (07/08), um cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Jihad Islâmica para interromper as hostilidades israelenses na Faixa de Gaza. O acordo foi mediado pelo Egito.
Os bombardeios israelenses, iniciados na sexta-feira (05/08) mataram ao menos 44 palestinos, incluindo 15 crianças, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza. A pasta indica ainda que os ataques deixaram centenas de feridos, muitos em estado de grave, e que o número de mortos tende a aumentar. Do lado de Israel, não houve vítimas.
Durante os ataques, centenas de colonos israelenses invadiram o complexo sagrado da Mesquita de Al-Aqsa, ponto crítico na cidade de Jerusalém, segundo a agência de notícias Anadolu.