Nemésio Barxa
O que chega mais próximo ao cidadão da questionada atividade judicial são as resoluções de assuntos que afetam diretamente pessoas concretas; recente e proximamente a Resolução de um Julgado do Pais Vasco recusando a inscrição de uma nena com um nome vasco que significa semente ou semem (ainda que poda constatar-se a existência desse nome aceitado em vários outros Registos Civis), que não figura nem expressa nem referencialmente incluído na lista de nomes proibidos; ou a negativa num Julgado de Vigo para celebrar um casamento em galego, precisamente no idioma da Comunidade em que o casamento se realiza, com língua própria co-oficial. Mas o realmente surpreendente e vergonhoso é o triste espetáculo de um partido que se chama constitucionalista e com responsabilidades que tivo, e que procura para o futuro, de governo, boicotando e impedindo a constituição de um dos poderes do Estado, o Poder Judiciário, com diversas escusas que, parecia, poderiam levantar-se com a chegada de Feijoo á direção do PP, mas logo demostrou que não era nem tão autónomo nem tão razoável nem de fiar como aparentava e chegado ao acordo introduz novas travas. Mais triste é que a parte conservadora do Poder Judiciário, em recesso, impida igualmente chegar a esse acordo. Pouco de fiar esse Poder.
Nós Diario