O tribunal de Assis em Roma condenou o 8 de julho, em segunda instância, 24 ex-militares e ex-políticos da América do Sul à prisão perpétua pela morte de 23 cidadãos italianos nas décadas de 1970 e 1980 na chamada “Operação Condor”.
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A decisão muda a sentença de primeira instância emitida em janeiro de 2017, que havia estabelecido apenas oito penas de prisão perpétua, 19 absolvições pela prescrição dos crimes e seis casos encerrados por falecimento.

A Justiça considerou que o grupo de militares da Bolívia, Chile, Peru e Uruguai são responsáveis de colocar em prática uma feroz e sistemática repressão aos opositores dos regimes ditatoriais.

A “Operação Condor” queria “eliminar”, especialmente, sindicalistas, intelectuais, estudantes, operários e expoentes da esquerda. Entre os condenados está o ítalo-uruguaio Jorge Tróccoli, único que participou da primeira audiência em 2015 já que é o único que vive em liberdade na Itália desde 2007, quando escapou da justiça de seu país.

Na lista de sentenciados por homicídio voluntário agravado aparecem o ex-presidente da Bolívia Luis Garcia Meza Tejada, o ex-ministro do Interior da Bolívia Luis Arce Gomez, o ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai Juan Carlo Blanco, o ex-militar chileno Jeronimo Hernan Ramirez, o ex-presidente do Peru Francisco Rafael Cerruti Bermudez, o ex-coronel do Exército chileno Valderrama Ahumada, o ex-primeiro-ministro do Peru Pedro Richter Prada e o ex-chefe do Serviço Secreto do Peru German Ruiz Figueroa.

Além deles, ainda há cinco ex-militares chilenos e 11 ex-militares uruguaios condenados. A Operação ou Plano Condor foi idealizada pelo general chileno Augusto Pinochet que coordenou a repressão da oposição política entre 1970 e 1980 com apoio das ditaduras do Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

O caso estava sendo analisado há mais de 19 anos e inicialmente investigava 140 pessoas, incluindo 11 brasileiros, 59 argentinos e seis paraguaios, mas problemas burocráticos ligados à morte de muitos suspeitos reduziram os números de réus, que se resumiram a representantes do Chile, Bolívia, Peru e Uruguai.

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