Fundador do WikiLeaks permanece em uma prisão britânica de segurança máxima; defesa de Assange disse que não há data ou previsão para uma decisão.

 

                               Alisdare Hickson/ Flickr

 

Washington recorre da decisão da juíza Vanessa Baraitser, que decidiu não autorizar sua extradição por entender que estaria sujeito ao risco de suicídio caso fosse transferido para os EUA — onde pode enfrentar uma pena de 175 anos de detenção.

Para conseguir extraditar um dos fundadores do WikiLeaks, os representantes legais dos Estados Unidos questionam o depoimento do médico Michael Kopelman, que atestou o risco de suicídio de Assange, e também prometem que punições mais severas, como isolamento na solitária, não serão utilizadas. A promessa de que ele poderia cumprir pena na Austrália, seu país natal, também foi colocada na mesa.

A defesa do jornalista, contudo, diz que as promessas podem ser desfeitas sem maiores consequências, caso seja a decisão dos Estados Unidos. Os advogados também alegam que as promessas de um governo que planejou sequestrar e assassinar Assange não podem ser consideradas.

Reportagem do Yahoo News revelou que autoridades norte-americanas teriam elaborado planos para sequestrá-lo e até assassiná-lo. As medidas teriam sido discutidas após o WilkiLeaks publicar informações confidenciais da CIA durante o governo de Donald Trump.

Após passar sete anos na embaixada do Equador em Londres, Assange foi expulso por decisão das autoridades de Quito e foi preso. Ela está detido na prisão de segurança máxima de Belmarsh desde abril de 2019.