Palestinos reunidos perto da fronteira israelense na Faixa de Gaza Foto: MAHMUD HAMS / AFP
Palestinos reunidos perto da fronteira israelense na Faixa de Gaza Foto: MAHMUD HAMS / AFP

 

Pelo menos quatro palestinos morreram em confrontos durante o protesto. Três deles tinham 17 anos, como Adham Amara, que não resistiu depois de ser atingido no rosto por tiros disparados pelo lado israelense, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qodra. Desde 30 de março de 2018, quando as grandes marchas desataram fortes tensões na fronteira, 259 pessoas foram mortas — entre elas, dois soldados israelenses. Entre os vários pontos de encontro, milhares de moradores do enclave espremido entre Israel, Egito e o Mediterrâneo, caminharam em direção à fronteira com bandeiras palestinas.

Em Malaka, a leste da cidade de Gaza, a maioria dos manifestantes se manteve longe da cerca para ficar fora do alcance dos atiradores israelenses. Mas alguns palestinos se aproximaram a algumas dezenas de metros, queimaram pneus para atrapalhar a visibilidade dos atiradores e jogaram pedras nos soldados antes de voltar correndo.

 

 

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Un palestino corre junto da cerca entre o fume dos gases lacrimogêneos no protesto de sábado. (Jack GUEZ/AFP)

 

O Exército israelense respondeu, disparando gás lacrimogêneo e abrindo fogo. Imagens de vídeo da AFP mostram um palestino atingido por um tiro de retaliação israelense.

Evidência do perigo perto da fronteira, um palestino de 20 anos foi morto por tiros israelenses durante uma manifestação noturna a mais de cem metros da cerca antes do início da grande mobilização.

O Globo