‘Ressaltamos a necessidade urgente da Itália de fornecer acesso a um porto para o navio Mare Jonio proceder com o desembarque de todas as pessoas a bordo’, disseram as ONGs em carta.

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Um grupo de ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos e na assistência a vítimas de conflitos armados enviou uma carta ao primeiro-ministro encarregado da Itália, Giuseppe Conte, pedindo autorização para que o navio Mare Jonio desembarque no país.

A embarcação está com 100 imigrantes à deriva há dois dias. “Saber que o governo decidiu desembarcar as mulheres, crianças e enfermos é uma boa notícia, mas ressaltamos a necessidade urgente da Itália de fornecer acesso a um porto para o navio Mare Jonio proceder com o desembarque de todas as pessoas a bordo”, disse a carta aberta assinadas pelas ONGs Emergency, Anistia Internacional, Médicos Sem Fronteiras, ARCI, entre outras.

“Fazemos um apelo para que o primeiro-ministro encarregado e sua futura coalizão de governo promova com urgência um programa de busca e salvamento europeu, o qual criaria um mecanismo rápido e funcional de desembarques e permitiria uma eventual repartição dos náufragos resgatados”, ressaltou a carta.

O navio Mare Jonio, que pertence à ONG Mediterranea Saving Humans, regatou cerca de 100 imigrantes em um bote que estava à deriva na costa da Líbia na última quarta-feira (28/08).

O governo da Itália, que proibiu o navio de desembarcar no país, autorizou que 64 pessoas – mulheres, crianças e enfermos – deixassem o barco para receberem tratamento. Outras 34 ainda estão no navio. Os representantes da Mediterranea Saving Humans informaram que a água potável disponível deve acabar nas próximas horas.

Ópera Mundi