Ao menos 52 pessoas palestinas foram mortas na manhã desta segunda-feira (14/05) por forças israelenses, que deixaram também centenas de feridas, durante os protestos contra a abertura da Embaixada dos EUA em Jerusalém. Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza, Ashraf al Qedra, Anas Quideh, de 21 anos, foi a primeira vítima nesta segunda, ao ser atingido por uma bala dos serviços de segurança de Israel. Entre os mortos, há duas crianças: Hamdan Qadeh (12 anos) e Izaldin Musa Al Samak (14).

 

 

                          Protestos com mortes marcam transferência de embaixada dos EUA para Jerusalém

Desde 30 de março, milhares protestam na fronteira, na chamada Grande Marcha do Retorno, que evoca o direito dos palestinos de retornarem para locais de onde foram expulsos em 1948. Esta segunda também marca a véspera do aniversário da Nakba (Catástrofe), o dia que colocou em exílio mais de 700 mil palestinos após a criação do Estado de Israel.
A transferência da embaixada foi realizada nesta segunda-feira (14/05). As principais autoridades norte-americanas participaram do evento, incluindo a filha de Trump, Ivanka, e seu marido, Jared Kushner. O presidente dos EUA, por sua vez, não esteve presente, mas discursou por meio de um vídeo para cerca de 800 funcionários.

A nova embaixada foi instalada no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, em um prédio construído em 2010, dentro da seção de vistos do consulado-geral dos EUA.

“A administração Trump está promovendo a anarquia internacional ao apoiar Israel e suas flagrantes e sistêmicas violações das resoluções de legitimidade internacional”, disse o secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat.

Paraguai e Guatemala também anunciaram que irão transferir suas embaixadas para Jerusalém.

Fonte: Opera Mundi