Os advogados de Julian Assange anunciaram nesta segunda-feira (23/03) que irão entrar com um pedido de liberdade por fiança para o fundador do WikiLeaks devido à pandemia do novo coronavírus.
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Segundo a defesa, Assange, que está preso preventivamente na penitenciária Belmarsh, na região sudeste de Londres, é “vulnerável” à contaminação do vírus na prisão e “se enquadra em uma categoria de pessoas que devem ser liberadas”.

“As prisões são consideradas epicentros para a disseminação do covid-19 devido à superlotação e à propensão do vírus se espalhar em ambiente fechado”, afirma o documento divulgado pelo WikiLeaks.

A defesa de Assange entrará com a solicitação nesta quarta-feira (25/03) no Tribunal Magistrados de Westminster.  A nota dos advogados afirma que na última semana ativistas pediram a libertação do fundador e de outros prisioneiros de baixo risco para “diminuir a propagação do vírus e minimizar o número de mortes nas prisões”.

“[A prisão] Belmarsh recebe 300 novos prisioneiros a cada mês, a maioria é dispersa em prisões de todo o país. Belmarsh tem um total de aproximadamente 800 prisioneiros e a maior taxa de suicídio no sistema prisional”, pontua a nota.

O documento ainda afirma que o governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou a liberação de 300 pessoas no centro de detenção de imigrantes, mas ainda não o fez com “prisioneiros de baixo risco”.

O fundador do WikiLeaks está preso em Belmarsh desde abril de 2019, quando foi retirado seu asilo na embaixada do Equador em Londres. Assange é acusado pelos Estados Unidos por divulgar arquivos confidenciais do país.

Segundo a defesa, a audiência do fundador foi adiada para 18 de maio, podendo ser prorrogada por conta do novo coronavírus. Caso seja extraditado e condenado, Assange pode ter uma pena de 175 anos de reclusão.

Ópera Mundi