Vítimas do conflito armado rechaçam anistia para militares implicados em delitos de lesa-humanidade.

 

 

Representantes de associações de vítimas do Conflito Armado Interno (CAI), se concentraram na passada terça-feira (22) em frente ao Congresso Nacional de Guatemala para rechaçar a proposta de um grupo de parlamentares de extrema-direita que busca eximir oficiais do Exército implicados em delitos de lesa-humanidade e graves violações de direitos humanos cometidos entre 1960 e 1996.

Conforme a Plataforma Nacional de organizações de vítimas do CAI, a iniciativa do deputado Antonio Forno, do partido Valor, “está baseada em mentiras e tergiversa sobre o conteúdo da Lei de Reconciliação Nacional e dos próprios tratados internacionais de direitos humanos”.

Por meio de um comunicado os manifestantes condenaram as propostas ligadas à base do presidente da Guatemala, Alejando Giammmattei, e exigiram que o Congresso desconsidere a proposta que é ofensiva para as mais de 250 mil vítimas, para os processos de busca de justiça de familiares e sobreviventes.

Ao mesmo tempo, juízes que condenaram figuras de peso da política guatemalteca alertaram estar sendo perseguidos por gente armada. Integrantes das chamadas “cortes de alto risco”, os magistrados deliberaram sobre casos encaminhados pela Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), que existiu entre 2006 e 2019, até ser extinta pela base de Giammattei.

Resumo Latino-Americano