A notícia é das Forças Armadas israelitas, que referem que as mortes ocorreram em dois momentos: o primeiro quando dois palestinianos tentavam entrar pelo sul da Faixa de Gaza (um morreu, o outro foi detido para interrogatório); o segundo quando os militares dispararam contra duas pessoas que tentavam passar a fronteira atirando “artefactos explosivos”.
Contas feitas, o exército israelita já tirou a vida a 47 palestinianos desde o início dos protestos, em finais de março, que reivindicam o regresso dos refugiados palestinianos à terra de onde foram expulsos após a criação do Estado de Israel, em 1948, neste ano em que se marcam os 60 anos desse feito. Os palestinianos protestam ainda contra o bloqueio que Israel impõe há mais de 10 anos à Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde da Palestina diz ainda que os soldados israelitas feriram 378 palestinianos na passada segunda-feira, incluindo 42 que precisaram de assistência hospitalar.
Às sextas-feiras, os protestos intensificam e milhares de palestinianos participam neles. A maior parte fica a centenas de metros da barreira de segurança, altamente guardada pela exército de Israel, embora alguns se aproximem da cerca, arriscando a vida.
Prevê-se que os protestos terminem a 15 de maio, o 60º aniversário da criação de Israel, dia a que os palestinianos chamam “Nakba” (catástrofe).
Fonte: esquerda.net