Comissão de Património Mundial da Unesco declarou a cidade velha de Hebron, na Cisjordânia ocupada, “zona protegida” enquanto “local de valor universal, excecional”. Apesar dos seus esforços diplomáticos, Israel e os Estados Unidos não conseguiram o apoio suficiente para que a cidade de Hebron não fosse eleita património mundial da humanidade, o que provocou a reação irada de Benjamim Netanyahu, que ecidiu diminuir os fundos que Israel destina ao organismo.

“Decidi reduzir um milhão de dólares (cerca de 877.144 euros) das quotas de Israel para as Nações Unidas e transferi-los para a construção de um Museu do Património do povo judeu em Kiryat Arba (um colonato) e Hebron”, assinalou durante a reunião de ministros. Para Benjamim Netanyahu, a Unesco está a ser “anti-semita”, pois está a esconder a “verdade” sobre o passado ancestral do povo judeu da cidade de Hebron, que é também partilhado com os palestinianos.

A Unesco aproveitou a ocasião para anunciar que inscreveu na lista de património em perigo a Mesquita de Ibrahim, considerado o túmulo dos patriarcas para os judeus. Trata-se do templo onde, segundo a tradição, repousam os restos de Abraão, o primeiro dos patriarcas do judaísmo e também da religião muçulmana.