Depois de Israel ter descartado uma acusação ao autor do assassinato da jornalista palestiniano-estadunidense Shireen Abu Akleh, o Departamento de Estado dos EUA diz que apoia essa decisão.
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                                     Foto EWL/Flickr

 

 

Em declarações aos jornalistas, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano confirmou que a diplomacia dos EUA não irá pressionar para que o assassino da jornalista da al-Jazeera, Shireen Abu Akleh, com nacionalidade estadunidense e palestiniana, seja levado a um julgamento.

“Não estamos à procura de um processo criminal, porque as investigações dos EUA e de Israel concluíram que não foi um assassinato intencional. Foi o trágico resultado de um tiroteio durante um ataque israelita na Cisjordânia”, afirmou Ned Price, citado pela agência Lusa.

Price acrescentou que que quando os Estados Unidos pedem responsabilização pela morte de Abu Akleh, isso significa que instam Israel a rever as suas políticas para que “a situação não se repita”.

A decisão dos militares israelitas de não acusarem o autor do disparo fatal está a ser contestada por ONG e pela família da jornalista, mas também por deputados israelitas e palestinianos, que acusam o exército de fugir às suas responsabilidades.

A família de Shireen afirmou que iria pedir aos EUA que fizessem a sua própria investigação, mas as declarações dos responsáveis pela diplomacia norte-americana indicam que a Casa Branca está confortável com a impunidade neste crime das tropas israelitas.

esquerda.net